quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Altarion

Aqui está, o capítulo três!  Boa leitura! Como o adiantado, próximo capítulo domingo!


Capitulo 3 – A fuga para as minas Kwanakur

Eu estava preso sem minhas coisas e com um cara que podia me tirar da prisão. Da maneira errada.


 - Como vai nos tirar daqui então Gazat?
 - É Zagat, idiota. Meus irmãos vão me tirar daqui. Não sei o que fez, mas seja lá o que fez, você pode aproveitar.. e vir junto. Que tal? – Ele era legal. Mas a expressão piratesca dele dava um pouco de medo. A cicatriz na bochecha ressaltava isso.
 - Tenho escolha?
 - Er... não. – Nesse momento nem pude pensar muito. Uma explosão sacudiu todo o subsolo, a parede a nossa escura de pedras maciças a nossa frente caiu em centenas de pedaços, um deles me atingindo no braço e causando grande dor. O calabouço estava coberto de fumaça.
 - tem alguém vivo aí?
 - Tem sim.. cof..cof.. MAS O QUE DIABOS...?
 - Temos um problema senhor! – Um homem magro, bem magro, novo seguido por um homem gordinho, da mesma idade entraram pelo buraco na parede. – Howthorne enlouqueceu!
Zagat suava frio. Os olhos esbugalhados não paravam de encarar aquele que parecia ser um de seus homens. O outro homem, também estava nervoso, mas não era tão idiota, e puxava Zagat pelo braço, ciente que o tempo para fugir era pouco.
 - Senhor, precisamos ir!
Nós quatro imediatamente saímos correndo por um túnel pouco iluminado e abafado. Era bem construído até, resistiu a uma explosão, sem maiores conseqüências. Parecia obra de anões. Enquanto corríamos, Zagat explicava para seus homens quem eu era. Eles olhavam discretamente para mim, desconfiados. Corremos muito.
Quando finalmente alcançamos a saída, a noite cobria Aldebaran. Era uma campina, gramado ralo, distante cerca de 500 metros da casa mais próxima. Em cavalos, nos esperavam ainda um homem mais velho, 50, 60 anos. E em um pônei, um anão com uma vasta barba. Com uma voz grossa e arrastada, o anão nos apressou:
 - Precisamos ir imediatamente! Vamos a Kwanakur, nos escondemos lá e daqui a dois dias, partimos dessa cidade! Está um caos lá! E quem é esse homem?
 - Este é Nur Alberstrife. – Quem me apresentava era novamente Zagat. – Ele estava preso comigo, e algo me diz que pode nos ser de grande valia.  Escute Nur, você pode nos acompanhar. Não temos mais casa aqui.
 - Obrigado. É Nor.
 - Ah sim.
 - Não posso ir sem meu rifle. Ele tem valor para mim.
 - Você não pode voltar à cidade! Vai morrer! – Nesse momento, Zagat puxou minha capa e o tecido que cobria meu rosto foi junto. Todos se espantaram. O anão ficou furioso.
 - Elfo nojento! Não precisa pedir pra morrer, que eu te mato aqui mesmo! – O anão avançou para cima de mim com uma machadinha que levava presa ao cinto. Todos seguravam- no para que não piorasse ainda mais a situação.
 - Calma Barry! Ele pode explicar! – gritava Zagat.
 - Eu não sou um elfo! – A gritaria era alta. Fiquei surpreso que não nos descobriram.
 - Então o que é coisa nojenta!
 - Eu não sei ta legal!? Eu era um homem normal até meses atrás. Agora estou assim. Não me culpe por algo que não sei!
Barry deu uma bufada, e contrariado, voltou a seu pônei.
 - Não importa. – Eu vou para as minas. – Barry partiu a toda velocidade para a direção oposta da cidade, e todos, exceto Zagat o acompanharam. Pelo visto até ele havia perdido o controle.
 - Escuta Nor. Estamos indo para as minas Kwanukur. Há uma lenda que diz que as minas são assombradas, por isso ninguém vai lá. Eu mesmo estou com medo de ir lá, mas é o jeito. Se quiser voltar a cidade volte, mas fique ciente que um de nossos irmãos está lá. E está louco. O nome dele é Hawthorne. Tome cuidado com ele! Ele tem... uma abilidade.
 - Que abilidade? Ele é forte? Inteligente? Bem armado?
 - Ele explode as coisas com a visão!  Boa sorte! – Zagat me deu uma pistola Hammer simples, de 8 cartuchos e saiu em disparada na direção que os companheiros foram, me deixando na escuridão e calada da noite. Estava com medo.




Próximo capítulo: Terrorismo

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