quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Altarion

Capítulo 5 pra vocês aí galera! o encontro de Nor e Hawthorne! boa leitura!

Capítulo 5 - Ashes to ashes

Foram tantas explosões e tiros que o ar estava cheio de poeira das paredes e de tudo que fora destruído.


Esgueirei-me pelas paredes tentando encontrar um lugar em que pudesse me esconder e com sorte acertar Hawthorne sem precisar me arriscar muito. Mal havia me agaixado em baixo de um armário caído, a parede que estava atrás de mim ruiu. Isso chamou a atenção de meu inimígo, qua apontava a mão em minha direção. Dela saiu um fraco feixe de luz na direção do armário em que eu estava escondido. Ao ve-lo, pulei para minha direita metralhando tudo o que aparecia na minha frente e na direção dele. O armário explodiu no exato momento em que me distanciei dele.


 - Deve ser magia isso. - Ja tinha ouvido falar de algumas pessoas que estudavam magia e que se tornavam mestres em várias artes, guerra, cura, invisibilidade, proteção. Nunca acreditei nisso, até esse momento.


Corri pela lateral da delegacia, em meio a armários, cadeiras, mesas, pedras, a delegacia estava se desfazendo. As coisas atrás de mim explodiam, enquanto atirava as cegas na direção de Hawthorne. Não conseguia acertá-lo ainda mais com a dor lancinante da pedrada que havia levado na fuga da delegacia. A arma de Jeremy era fraca, e a metralhadora que usava não era a das melhores, uma Haufit ano 65. Ao acabar a munição larguei a metralhadora e peguei meu rifle, mas não havia muito a fazer, necessitaria tempo para mirar precisamente.Então tentei chegar na entrada da delegacia dando tiros sem mirar. Obviamente não acertei nenhum.
No momento em que chegava bem perto da entrada, há uns 5 metros algo atrás de mim explodiu, muito, mas muito forte, me arremessando ao chão.Não consegui levantar. Minha perna doendo. Gosto de sangue na boca. Cinzas caindo do teto e pedaços da estrutura de madeira pendendo e caindo. Totalmente grogue busquei meu rifle e não o encontrei. O teto girava. Procurei a pistola e ela estava do meu lado. Mas ao alcançá-la, Hawthorne apareceu e pisou com toda força em meu antebraço.

 - AAAAAHHHHHHhhgg... - Podia jurar que ele quebrara meu braço.

 - Grande mas ineficaz. Voces não podem me pegar estúpidos! HAHAHAHAHAHA - Uma risada histérica encobriu o som de madeira partindo, que mesmo com toda a barulheira podia ouvir, fracamente. Só não sabia de onde.

 - Eu... eu nãa..ao sou que pensa que sssoo.oou.. - a voz saiu fraca mas ainda sim tentei manter a firmeza. - Zagat está tt te es.. esperando nas mi.. nas minas.

 - VOCÊ NÃO VAI ME ENGANAR SOLDADINHO ESTÚPIDO - então era isso. Porque sempre tinham que me confundir com alguém!?

Consegui pegar a Hammer e escutei um " Nãaao..." vindo de Hawthorne mas não queria mirar nele. E ele logo percebeu. Mesmo com Hawthorne exercendo pressão em meu antebraço consegui levantar a arma e mirar para o teto. Agora eu podia ver. Com uma clareza inexplicável, como ver peixes nadando em um rio límpido, entre as estruturas da delegacia havia uma viga totalmente rachada, prestes a desabar. era ela fazendo barulho e se demorássemos ela desabaria de vez com nós dois embaixo. Mas não havia outra escolha, mirei nela. Hawthorne me olhava curioso e sádico mirando para o teto.

 - Vai atirar para o alto para me ameaçar? hahaha

Não pude responder nada, apenas:

 - Acabou HAWTHORNE! - atirei para o alto, para a viga e a atingi em cheio na rachadura. As estruturas gemiam e começavam a cair, pesadas. Hawthorne saiu de cima e até tentou explodir o entulho, mas a delegacia inteira ia cair em nós. Naquela hora eu apenas me encolhi no chão e pensei em apenas uma coisa..

"Vou morrer"


Próximo capítulo: "Pássaros podem voar"


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