Após muitos atrasos, alguns problemas pessoais e tudo mais, capitulo novo, boa leitura!
Capítulo 10 - O pedido de socorro
A festa estava animada, com humanos, kobolds, kithkins e eu, como elfo se divertindo. Todos juntos.
Havia muita comida e bebida. Kithkins tocavam instrumentos e cantavam músicas, alegrando a todos. Era época de colheita, a mesa era farta e não havia motivos para problemas. Notei que Zagat e Burick não estavam na mesa, muito menos nas mesas. Olhei a minha volta e vi os dois conversando em um canto.
Fui até eles e notei que meio escondido estava um kithkin, este maltrapilho e machucado. Tinha feições de medo, e nada que os dois fizessem o acalmava. Cheguei perto e o pobre kithkin ficou apavorado gritando. Não demorou muito para que notassem, mesmo com a música alta.
- Elfos!!! elfos!!! tire ele daqui! tomem cuidado! vamos morrer!
Todos ficaram em silêncio, alguns me olhavam desconfiados.
- O que está havendo? - eu estava confuso, e agora me sentindo mal. Seja lá o que aconteceu, tinha dedo de elfo no meio.
- Ele diz que elfos atacaram Horum, a cidade kithkin a leste. Não vamos ficar aqui, nós vamos para lá.
- Mas não é muito longe?
- Buuurick mostra o caminho para vocês! nossa caverna é bem grande, e tem uuuuum túuuuuuunel que atravessa as montanhas! Se seguir por ele, nem vai notar quando chegar lá!
- Está certo Burick. Vou trazer nossos cavalos pela caverna até o túnel. Nor, Você vem?
- É claro.
- Está certo então. Barry! venha aqui! - Barry, que bebia alegremente, largou o caneco e veio correndo em nossa direção.
- Sim Zagat. Temos festa particular?
- Temos sim Barry. Vamos esmagar alguns ossos. Traga os cavalos, chame todos. Mas mantenha o sigilo, sem bagunça.
- Hehe, diversão! - E Barry saiu correndo, chamando de mesa em mesa o grupo.
- Eu vou juntar algumas coisas Zagat. Comida, equipamentos, essas coisas.
- Vá rápido Nor, senão vai perder a caravana.
Parti com Burick para meu quarto, onde estavam minhas coisas reunidas, armas e mantimentos. Burick reuniu comida, água fresca em cantis e em especial arranjou uma garrafa grande e resistente, e dentro dela plantou uma luminária.
- Leve isso amigo Nor! irá iluuuuminar seu caminho escuuuro!
- Obrigado Burick. Sentirei sua falta.
- Uuuuuuuuuuuuuum dia nos veremos novamente Nor! Agora vá! Ajuuuuuuuuude nossos amigos kithkins!
Fui para o local onde estávamos e todos estavam lá, sob ordens de Zagat. Todos carregavam bolsas tão grandes como a minha, e montavam cavalos. Havia um cavalço sobrando. Era para mim.
- Pegamos um emprestado ao sair de Aldebaran... você sabe.
- Vocês não tem jeito mesmo né?
- Vamos, sem conversa fiada.
- Meu nome é Herich! vou guiá-los! me sigam e não se perderão! VENHAM CAVALEIROS! - A nossa frente, um kithkin montava um pônei branco, e empunhava uma pequenina espada. Não era engraçado. Era imponente.
E assim partimos para a escuridão da caverna em direção à Horum. Segurei minha luminária com uma das mãos, para ajudar a iluminar o caminho, embora as paredes da caverna também tivessem luminárias crescendo. Aos poucos o caminho foi se tornando mais escuro. Calculamos o tempo de acordo com o dia. Parávamos de tempos em tempos para dormir e comer, sempre de forma bem racionada. Ao final de 3 dias, encontramos a saída. Era uma noite estrelada. A nossa frente, um campo verde, e ao longe, a cidade kithkin de Heldekin. Para lá nós fomos. A tensão começava a nos estressar. Algo estava bem errado.
Próximo capítulo: Cinzas
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