Novo capitulo pra vocês, boa leitura!
Capítulo 15 – Batalha em alto mar
Hawthorne estava a uns dois metros de mim, mas o medo já havia me alcançado. Ele era perigoso, e eu não era páreo para ele.
- O que você está fazendo aqui? – Enquanto tentava falar com Hawthorne eu levei minhas mãos ao rosto. Queria tirar as ataduras, afinal, se ele estava ali, não ia demorar muito para uma grande confusão começar. E se fosse para morrer, que vissem meu rosto antes. Hawthorne chegou a chiar, mas percebeu que estava apenas tirando as ataduras. Minha fisionomia humana ainda estava aparente.
- Estou aqui para acabar com vocês, portadores do mal! – seja lá sobre o que falava, ele tinha força na voz; falava sério, e não parecia estar louco, ele sabia muito bem do que falava.
- Eu não sou quem pensa que é. Não sou um dragão. E se quer saber, estou aqui para impedir que fujam.
- Não minta verme! – Atrás da voz abafada pela máscara, ele parecia irritado – Seja homem em me enfrentar! – Nesse momento, minhas ultimas ataduras caíram, e Hawthorne ficou parado no lugar.
- Mas... você..? – Eu não sabia o que falar. Mas Hawthorne parecia surpreso. Ele levou as mãos à cabeça, como se sentisse dor. – Você.... você... VOCÊEE! - Hawthorne gritou, e gritou alto, chamando a atenção de quem estivesse perto. Nesse momento, Um soldado apareceu na porta. Sem pestanejar Hawthorne apontou a mão para a porta, explodindo a porta e o pobre soldado em pedaços.
- Que...!? horror! – Estava em pânico, e sujo de sangue do homem que explodiu na minha frente. Foi uma cena horrorosa. Peguei minha arma e apontei para Hawthorne, mas ele já havia saído pela porta, e eu podia ouvir explosões do lado de fora. O navio era feito com uma estrutura forte, mas não iria agüentar mais algumas explosões daquele porte.
Saí pelos restos da porta e do soldado, e com meu rifle em mãos, saí pela esquerda. Fui correndo e vendo outros restos mortais de outros soldados que cruzaram o caminho de Hawthorne. Que homem cruel!
Cheguei à proa do navio, e Hawthorne estava escondido atrás de algumas caixas, protegido enquanto revidava os tiros com sua magia. Mirei meu rifle em Hawthorne, mas imediatamente ele virou a mão na minha direção, e antes que pudesse fazer algo, vi um feixe de luz vermelha em minha direção. “É o fim” pensei. Fechei meus olhos fortemente, esperando ao menos morrer sem sentir dor.
Mas ao invés disso, senti que um líquido morno espirrava nas minhas costas. Era sangue. Havia um soldado atrás de mim despedaçado.
Olhei para Hawthorne, meus olhos arregalados, ele continuava a tentar revidar os tiros, mas os inimigos estavam atrás de uma proteção de aço resistente, e Hawthorne atrás de caixas de madeira, que não demorariam muito para quebrar. Mirei meu rifle não mais em Hawthorne, mas nos dragões, que estavam próximos de caixas com armamentos. Em alguma delas deveria haver explosivos. Mirei nas caixas e atirei. Nada. Atirei de novo, de novo e de novo. E nada. E no quinto tiro um clarão me cegou quase que imediatamente. Fui jogado longe, com um estrondo incrivel. As caixas haviam explodido, levando junto todos que estavam nos atacando. Quando meus olhos conseguiram ver alguma coisa, o navio estava inclinando, inclinando... Estava afundando! Consegui ver na água um pequeno bote, com oito, nove soldados vestidos de preto fugindo a toda velocidade. Meus olhos estavam embaçados, meus ouvidos zumbindo, meu corpo mole. Senti uma mão pegando no colarinho de meu disfarce preto. Era Hawthorne, com a máscara de aço vermelha de sangue. Ele começou a pronunciar umas palavras sem sentido, palavras que não conseguia sequer ouvir direito. Em seguida, satirizou minha condição, fazendo uma breve continência e em seguida me largou na proa e pulou na água. Senti minhas forças indo embora, junto com o navio que afundava.
Próximo capítulo: Alto mar
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